Política

Ex-Ministra do STJ Eliana Calmon Revela Bastidores Explosivos: Soltura de Lula Foi Combinada pelo STF



Em uma entrevista explosiva ao programa Arena Oeste, a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, primeira juíza de carreira a chegar a um tribunal superior no Brasil, fez revelações que abalam as estruturas do judiciário brasileiro. Com décadas de experiência e credibilidade construída ao longo de uma carreira exemplar, Calmon não poupou palavras ao descrever o que chama de um “judiciário engolido pelo sistema”.

As declarações mais impactantes dizem respeito à soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segundo a magistrada, foi resultado de uma decisão coordenada e combinada entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, ela caracterizou os eventos do 8 de janeiro como uma “narrativa” construída para inviabilizar a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2026.

A Soltura de Lula: Uma Decisão Combinada

Quando questionada sobre quem soltou Lula, a ex-ministra Eliana Calmon foi direta e incisiva. Segundo ela, o Supremo Tribunal Federal tomou essa decisão de forma coordenada, não sendo uma ação isolada do ministro Edson Fachin.

As Palavras Textuais de Eliana Calmon

“Quem soltou o Lula? O Supremo Tribunal Federal, onde não posso dar esta culpa ao ministro Fachin. Eu não posso. O ministro Fachin não fez isso sozinho. E o ministro Fachin não deu aquele voto e levou lá e todo mundo, ó, não, aquilo tudo é combinado.”

Essas palavras revelam algo profundamente perturbador sobre o funcionamento do mais alto tribunal do país. Segundo a ex-ministra, as decisões não são tomadas de forma independente por cada magistrado, mas sim através de acordos prévios entre os ministros.

O Raciocínio Por Trás da Soltura

Eliana Calmon detalha o que teria sido o pensamento por trás dessa decisão coordenada:

“Bolsonaro não pode mais ser presidente de forma alguma. Quem é que a gente vai botar? A esquerda não tinha mais ninguém. Todo mundo tava comprometido. O que é que faz? Faz uma enquete. O único que sobrou, Lula da Silva, mas ele tá condenado. Como é que faz? E a gente já julgou uma porção de coisa dele, como é que faz? Desmoraliza a Lavajato.”

Portanto, segundo a ex-ministra, a estratégia foi clara: diante da impossibilidade (ou indisposição) de permitir que Bolsonaro continuasse como presidente, e sem ter outras opções viáveis na esquerda, a solução encontrada foi liberar Lula. No entanto, como ele estava condenado, foi necessário desmoralizar toda a operação Lava Jato para justificar a anulação das sentenças.

A Desmoralização Proposital da Lava Jato

A afirmação de que foi necessário “desmoralizar a Lava Jato” para viabilizar a soltura de Lula é particularmente grave. Isso sugere que decisões judiciais de enorme impacto foram tomadas não com base em critérios técnico-jurídicos, mas sim com motivações políticas.

O Que Foi a Operação Lava Jato

Para contextualizar a gravidade dessas revelações, é importante lembrar o que representou a operação Lava Jato. Iniciada em 2014, a Lava Jato foi a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil, expondo um esquema bilionário que envolvia políticos, empresários e empreiteiras.

Além disso, a operação resultou em:

  • Centenas de condenações de políticos e empresários
  • Recuperação de bilhões aos cofres públicos
  • Exposição de esquemas de corrupção sistêmica
  • Prisão de executivos das maiores empreiteiras do país
  • Investigação de três presidentes da República

Consequentemente, desmoralizar uma operação dessa magnitude não é um efeito colateral – segundo Calmon, foi uma estratégia deliberada.

Como a Desmoralização Foi Executada

Embora a ex-ministra não tenha detalhado todos os métodos utilizados, sabemos que a desconstrução da Lava Jato envolveu diversas frentes:

  1. Questionamento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro
  2. Anulação de provas e condenações
  3. Transferência de processos de Curitiba para Brasília
  4. Mudança de jurisprudência sobre segunda instância
  5. Vazamento seletivo de conversas entre procuradores

Sendo assim, o que poderia ser visto como decisões judiciais independentes ganha, sob a luz das declarações de Eliana Calmon, uma interpretação diferente: um plano coordenado com objetivos políticos específicos.

O 8 de Janeiro Como “Narrativa” Para Barrar Bolsonaro

Se as revelações sobre a soltura de Lula já eram explosivas, o que Eliana Calmon disse sobre o 8 de janeiro não fica atrás. A ex-ministra caracterizou os eventos daquele dia como uma “narrativa” construída com um objetivo claro: inviabilizar a candidatura de Bolsonaro em 2026.

O Perfil dos Manifestantes

Eliana Calmon questiona a narrativa oficial de “tentativa de golpe” ao descrever quem estava presente naquele dia:

“Então eu não posso aceitar que o dia 8 de janeiro foi o dia onde que iriam dar o golpe final. O golpe final com mulheres de 73 anos, 61 anos, vendedor de picolé, vendedor de bandeira…”

Essa descrição levanta questões importantes sobre a caracterização dos eventos. Como pode ter sido uma “tentativa de golpe de Estado” se os participantes eram, em sua maioria, pessoas comuns, idosos e trabalhadores informais?

A Finalização de Uma Narrativa

A ex-ministra vai além e explica qual seria o verdadeiro propósito dos eventos de 8 de janeiro:

“Tudo que eu já analisei, por tudo que eu vi, foi uma forma de conseguir colocar para toda a nação a finalização de uma narrativa. Narrativa esta que levaria a tirar-se Bolsonaro das eleições de 2026.”

Portanto, segundo Calmon, o 8 de janeiro não foi o que oficialmente se afirma, mas sim a culminação de uma narrativa que já vinha sendo construída com um objetivo específico: criar as condições jurídicas e políticas para impedir que Bolsonaro concorresse novamente à presidência.

As Sanções Americanas: Acertando no Ego e no Bolso

Outro tema abordado por Eliana Calmon foi o impacto das sanções aplicadas pelos Estados Unidos a ministros do STF, particularmente a Alexandre de Moraes. A ex-ministra avaliou que essas medidas atingiram exatamente onde dói: no ego e no patrimônio dos magistrados.

A Reação do Ministro Barroso

Calmon destacou especialmente a reação do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF:

“A atitude do ministro Barroso com aquela choração toda… É de quem estava realmente temendo alguma coisa, né? E não é possível que esses sejam tão orgulhosos a ponto de não terem medo. Toda pessoa tem medo. Toda pessoa tem receio de ser atingido na sua honra, no seu patrimônio, por mais que eles neguem.”

Essa observação é particularmente perspicaz. Apesar do discurso público de que as sanções não teriam efeito, as reações emocionais dos ministros – incluindo choros e manifestações públicas de indignação – sugerem exatamente o contrário.

O Que São as Sanções Magnitsky

Para compreender melhor o impacto dessas medidas, é importante entender o que são as sanções da Lei Magnitsky. Essa lei americana permite que o governo dos Estados Unidos sancione indivíduos estrangeiros responsáveis por violações de direitos humanos ou corrupção.

As consequências incluem:

  • Bloqueio de ativos nos Estados Unidos
  • Proibição de entrada em território americano
  • Restrições bancárias internacionais
  • Dificuldades em transações financeiras globais
  • Extensão a familiares diretos dos sancionados

Além disso, como o analista político presente na entrevista destacou, essas sanções representam “praticamente uma morte econômica” para quem é atingido por elas.

A Análise Técnica Sobre Interferência Estrangeira

Durante a entrevista, um dos analistas presentes fez uma distinção importante sobre as sanções americanas. Embora seja correto, em princípio, não aceitar interferência política estrangeira em decisões do judiciário brasileiro, o que ocorreu foi diferente.

A Questão da Soberania Invertida

Segundo a análise apresentada, a reação americana não foi uma tentativa de interferir no judiciário brasileiro, mas sim uma resposta ao fato de que decisões brasileiras feriram a soberania americana:

“A reação americana contra o ministro Alexandre de Moraes é porque o ministro Alexandre de Moraes, em sua decisão monocrática, que foi respaldada pelo Supremo Tribunal Federal, feriu a soberania de uma empresa e de cidadãos norte-americanos.”

Portanto, a questão se inverte: não são os americanos interferindo no Brasil, mas sim o Brasil que interferiu primeiro em empresas e cidadãos americanos, o que gerou a reação.

O Processo Criterioso da Lei Magnitsky

Outro ponto importante destacado é que, ao contrário do que alguns tentaram sugerir, a aplicação da Lei Magnitsky não é uma “canetada” arbitrária:

“Ali é um processo longo, demorado, muito criterioso, passa por vários setores do governo norte-americano para acontecer.”

Consequentemente, quando as sanções finalmente são aplicadas, é porque houve uma análise rigorosa e múltiplas instâncias do governo americano concordaram que havia fundamento para tal.

O Supremo Que Deixou de Ser Supremo

Uma das reflexões mais profundas da entrevista veio do analista político que acompanhou Eliana Calmon, e que complementa perfeitamente as denúncias da ex-ministra. Ele argumentou que o STF precisa urgentemente fazer uma autocrítica sobre o papel que vem desempenhando.

A Perda da Função Original

Segundo a análise apresentada, o Supremo Tribunal Federal desviou-se de sua função constitucional:

“O Supremo precisa voltar a ser o Supremo, que cuida apenas de questões constitucionais, que não entra em questões políticas, que promove realmente a pacificação.”

Em vez disso, o STF transformou-se em um ator político direto, tomando decisões que deveriam caber ao Legislativo ou ao Executivo, e se envolvendo em disputas que deveriam ser resolvidas na arena política, não judicial.

A Instituição Desgastada

O resultado desse ativismo judicial tem sido desastroso para a própria instituição:

“Hoje o Supremo se tornou uma instituição desgastada perante a população, o que jamais poderia ter acontecido.”

De fato, pesquisas de opinião pública mostram que a confiança da população no STF vem caindo consistentemente, algo grave para qualquer democracia que depende da legitimidade de suas instituições.

A Necessidade de Autocrítica

Tanto Eliana Calmon quanto os analistas que a acompanharam na entrevista convergem em um ponto: sem autocrítica, não há recuperação possível para o judiciário brasileiro.

A Pergunta Que o STF Não Faz

Segundo a análise apresentada:

“O Supremo não se faz a pergunta verdadeira para ter a resposta real. Por que que isso aconteceu? Se o Supremo fizer uma autocrítica, tudo vai ter condição de se recuperar.”

No entanto, essa autocrítica não pode vir sozinha. Ela precisa ser acompanhada de uma postura firme do Congresso Nacional em garantir suas próprias prerrogativas e fazer valer a separação de poderes.

Interdependência vs. Independência

Um ponto conceitual importante foi destacado:

“Os poderes da República são interdependentes e não independentes. São interdependentes. Então, um tem que respeitar o outro.”

Essa distinção é fundamental. A Constituição não estabelece poderes completamente independentes que podem fazer o que quiserem, mas sim poderes interdependentes que devem respeitar mutuamente suas competências.

A “Esculhambação Institucional”

A avaliação final sobre o estado atual das instituições brasileiras foi contundente e preocupante.

O Diagnóstico Atual

“O que vem acontecendo no Brasil há muito tempo é que um não tá respeitando o outro. E o pior, os poderes não estão se respeitando nem a eles próprios. Daí essa esculhambação institucional em que estamos mergulhados.”

Essa descrição resume perfeitamente o caos institucional brasileiro atual. Não se trata apenas de um poder avançando sobre outro, mas de uma deterioração geral do respeito às normas e competências constitucionais.

O Alerta Sobre o Futuro

O prognóstico apresentado foi sombrio:

“Ou o Brasil para dar uma freada de arrumação, ou isso aqui vai ficar insustentável, vai virar a ‘brazuela chinesa’.”

A referência à Venezuela (“brazuela”) combinada com elementos autoritários chineses pinta um cenário de país que perde simultaneamente sua democracia e sua prosperidade econômica – um futuro que nenhum brasileiro deveria desejar.

Por Que Essas Revelações Importam

As declarações de Eliana Calmon não são apenas mais uma opinião sobre política brasileira. Elas vêm de alguém que passou décadas dentro do sistema judiciário, chegando a um dos mais altos cargos possíveis.

A Credibilidade da Fonte

Eliana Calmon não é uma figura política partidária ou uma comentarista de ocasião. Ela é:

  • Primeira juíza de carreira a chegar a um tribunal superior no Brasil
  • Ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
  • Conhecida por sua atuação firme contra a corrupção
  • Respeitada por sua independência e coragem institucional

Portanto, quando alguém com esse currículo e experiência faz revelações desse calibre, elas não podem ser simplesmente ignoradas ou descartadas como “teorias da conspiração”.

O Impacto na Confiança Institucional

Se o que Eliana Calmon relata é verdade – e há poucos motivos para duvidar de alguém com sua trajetória – as implicações são profundas:

  1. Decisões judiciais de enorme impacto foram tomadas por razões políticas, não jurídicas
  2. O mais alto tribunal do país opera através de acordos prévios entre ministros
  3. A narrativa oficial sobre eventos importantes pode não corresponder à realidade
  4. As instituições brasileiras estão em processo acelerado de deterioração

Consequentemente, cidadãos que confiaram no sistema judicial para entregar justiça imparcial descobrem que, nos bastidores, prevalecem considerações políticas.

O Que Pode Ser Feito?

Diante de revelações tão graves, a pergunta natural é: existe solução? Há como reverter essa situação?

As Medidas Necessárias

Baseando-se na própria entrevista, algumas ações são urgentes:

  1. Autocrítica institucional: O STF precisa reconhecer seus excessos e desvios de função
  2. Fortalecimento do Congresso: O Legislativo precisa fazer valer suas prerrogativas constitucionais
  3. Respeito mútuo entre poderes: Cada poder deve permanecer em sua esfera de competência
  4. Transparência: Decisões importantes não podem ser tomadas em acordos secretos
  5. Accountability: Ministros que abusam de poder precisam responder por isso

O Papel da Sociedade Civil

Além disso, a população brasileira tem papel fundamental:

  • Cobrar transparência e prestação de contas das instituições
  • Apoiar iniciativas legislativas que limitem abusos judiciais
  • Divulgar e discutir essas questões amplamente
  • Não aceitar passivamente a deterioração institucional
  • Eleger representantes comprometidos com a reforma do sistema

Portanto, não se trata de simplesmente criticar e esperar que outros resolvam. Cada cidadão tem responsabilidade na preservação da democracia e do estado de direito.

Reflexões Finais: Um Momento de Verdade Para o Brasil

As revelações de Eliana Calmon representam um daqueles raros momentos em que alguém de dentro do sistema ousa dizer publicamente o que muitos suspeita vam mas poucos tinham coragem de afirmar.

Ela confirmou que a soltura de Lula não foi resultado de análise jurídica imparcial, mas sim de um acordo político entre ministros do STF. Ela expôs que a desmoralização da Lava Jato foi estratégica e proposital. Ela questionou frontalmente a narrativa oficial sobre o 8 de janeiro, caracterizando-a como uma construção para inviabilizar Bolsonaro em 2026.

Além disso, tanto ela quanto os analistas que a acompanharam pintaram um quadro sombrio do estado das instituições brasileiras – uma “esculhambação institucional” que, se não for corrigida urgentemente, pode levar o país a um futuro de autoritarismo e decadência econômica.

As sanções americanas, longe de serem uma “interferência externa indevida”, foram uma resposta proporcional a abusos cometidos por autoridades brasileiras contra cidadãos e empresas americanas. E essas sanções, apesar dos desmentidos públicos, atingiram exatamente onde dói: no ego e no patrimônio de magistrados acostumados à impunidade.

Sendo assim, o Brasil está em um momento crítico. Como foi dito na entrevista, ou o país dá uma “freada de arrumação”, com autocrítica institucional, respeito à separação de poderes e responsabilização de quem abusa de suas funções, ou caminhamos rapidamente para nos tornar mais um exemplo de democracia que não soube se preservar.

As palavras de Eliana Calmon não são alarmismo – são um alerta de quem conhece profundamente o sistema e sabe exatamente o que está acontecendo. Resta saber se a sociedade brasileira terá a maturidade e a coragem de enfrentar essas verdades desconfortáveis e exigir as mudanças necessárias.

E você, o que pensa sobre essas revelações? Acredita que é possível recuperar a credibilidade do judiciário brasileiro? Compartilhe sua opinião nos comentários e ajude a ampliar esse debate fundamental para o futuro do país!

Fontes e Referências:


Rio de Janeiro Vive Cenário de Guerra com Mais de 60 Mortos Enquanto Governo Federal Se Omite da Crise

Um comentário sobre “Ex-Ministra do STJ Eliana Calmon Revela Bastidores Explosivos: Soltura de Lula Foi Combinada pelo STF

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: