Política

Invasão na COP30: A Hipocrisia de Dois Pesos e Duas Medidas…

Imagine que manifestantes invadem violentamente uma área federal protegida, derrubam portas de segurança, ferem agentes e avançam sobre zonas restritas onde circulam autoridades internacionais. Naturalmente, você esperaria uma resposta firme do Estado, certo?

Entretanto, quando isso aconteceu na COP30 em Belém nesta terça-feira (11/11), com a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) declarada, a resposta foi praticamente nula. Consequentemente, isso expõe uma hipocrisia gritante: por que manifestantes que invadem a COP30 são tratados com benevolência, enquanto os de 8 de Janeiro continuam presos há quase dois anos?

A Invasão Violenta Que Ninguém Quer Chamar Pelo Nome

Primeiramente, vamos aos fatos registrados em vídeo. Manifestantes indígenas romperam as portas da Blue Zone da COP30, área altamente restrita onde circulam ministros de Estado, diplomatas e negociadores internacionais.

Além disso, as imagens mostram claramente o momento em que a primeira porta cai. Em seguida, uma multidão avança e derruba outras portas, ocupando a área de credenciamento e detectores de metal. Portanto, não estamos falando de um protesto pacífico — estamos falando de invasão de instalações federais.

Segurança Ferido e Caos Instalado

Mais grave ainda, pelo menos um integrante da segurança da ONU ficou ferido, sendo visto sangrando e precisando ser levado em cadeira de rodas por colegas. Da mesma forma, a equipe de segurança teve que montar barricadas improvisadas com mesas de madeira após expulsar os invasores.

Consequentemente, a pergunta que não quer calar é: se isso tivesse acontecido em Brasília no dia 8 de Janeiro de 2023, qual seria a resposta do governo?

GLO Declarada — Mas Para Quê?

Por outro lado, aqui está o detalhe mais absurdo de toda essa história: a Garantia da Lei e da Ordem estava oficialmente declarada para a COP30. Isso significa que as Forças Armadas tinham autorização legal para atuar na segurança do evento.

Entretanto, mesmo com a GLO ativa, manifestantes conseguiram invadir uma área restrita federal, danificar propriedade pública e ferir um agente de segurança internacional. Então, para que serve declarar GLO se ela não é aplicada quando necessário?

A Seletividade Conveniente

Além disso, vale lembrar que a mesma GLO foi usada para justificar prisões em massa após 8 de Janeiro. Na época, o governo argumentou que a medida era essencial para “proteger as instituições democráticas”. Porém, quando manifestantes invadem instalações da ONU durante um evento internacional, aparentemente a democracia não precisa de proteção.

Claramente, estamos diante de um caso clássico de seletividade na aplicação da lei. Portanto, a GLO serve apenas quando politicamente conveniente.

O Contraste Gritante com 8 de Janeiro

Agora, vamos fazer a comparação que o governo não quer que seja feita. Em 8 de Janeiro de 2023, manifestantes invadiram prédios públicos em Brasília. A resposta foi imediata e draconiana.

Consequentemente, quase dois anos depois, centenas de pessoas continuam presas. Além disso, muitas foram condenadas a anos de prisão, tiveram bens confiscados e vidas destruídas. Da mesma forma, o STF criou inquéritos específicos para punir até mesmo quem estava presente mas não participou ativamente.

Dois Pesos, Duas Medidas

Por outro lado, na invasão da COP30, o que vemos? Silêncio ensurdecedor. Nenhuma prisão em massa, nenhum inquérito do STF, nenhuma fala inflamada sobre “terrorismo” ou “atentado à democracia”.

Pelo contrário, a organização do evento rapidamente se distanciou, afirmando que os invasores “não faziam parte da organização oficial”. Entretanto, essa desculpa não foi aceita para os manifestantes de 8 de Janeiro, muitos dos quais também alegaram não fazer parte de grupos organizados.

A COP30: Desperdício e Desorganização

Além disso, essa invasão expõe problemas muito maiores com a organização da COP30. Primeiramente, o evento já custou milhões aos cofres públicos brasileiros. Entretanto, para quê?

De fato, a conferência registrou a menor presença de chefes de Estado de sua história, sendo apelidada de “Flop30”. Além disso, o casal presidencial foi criticado por usar iate de luxo enquanto pregava “COP sem luxo”. Consequentemente, toda a credibilidade do evento foi comprometida antes mesmo de começar.

Segurança Incompetente

Além disso, como explicar que uma área supostamente de alta segurança, com GLO declarada e proteção da ONU, foi invadida por manifestantes? Claramente, houve falha grotesca de planejamento e execução.

Portanto, o contribuinte brasileiro pagou milhões por um evento mal organizado, com segurança incompetente e que virou palco de invasão e violência. Da mesma forma, essa situação levanta questões sérias sobre a capacidade do Brasil de sediar eventos internacionais de grande porte.

A Hipocrisia do Discurso Ambiental

Por outro lado, vamos falar sobre a ironia dessa situação. Os manifestantes que invadiram a COP30 alegadamente lutam por causas ambientais e climáticas. Entretanto, suas ações incluíram violência, destruição de propriedade e ataque a agentes de segurança.

Consequentemente, surge a pergunta: se a causa é justa, isso justifica qualquer meio? Aparentemente, para o governo atual, a resposta é “sim” — mas apenas quando os manifestantes compartilham da mesma ideologia.

O Ativismo Seletivo

Além disso, vale observar que a mídia tradicional tratou essa invasão de forma muito mais branda do que tratou 8 de Janeiro. Nesse sentido, termos como “tentativa de golpe” e “terrorismo” foram amplamente usados em 2023. Por outro lado, a invasão da COP30 é descrita como “confusão” ou “protesto que saiu do controle”.

Claramente, o enquadramento da narrativa depende mais de quem está protestando do que do que está sendo feito.

As Perguntas Que Precisam Ser Respondidas

Primeiramente, o governo precisa explicar por que não houve consequências significativas para os invasores da COP30. Afinal, se a lei é igual para todos, onde estão as prisões preventivas? Onde estão os inquéritos do STF?

Além disso, por que a GLO, que estava oficialmente declarada, não foi efetivamente aplicada? Da mesma forma, quem vai responder pela falha de segurança que permitiu a invasão de uma área restrita internacional?

A Coerência Que Falta

Por outro lado, se o governo insiste que as prisões de 8 de Janeiro foram justas e necessárias, então precisa aplicar o mesmo rigor aos invasores da COP30. Caso contrário, admite explicitamente que existe um sistema de justiça seletiva no Brasil.

Consequentemente, essa seletividade destrói qualquer pretensão de imparcialidade do sistema judicial brasileiro.

O Custo Real da COP30

Enquanto isso, vamos falar sobre quanto essa “Flop30” está custando aos brasileiros. Milhões foram gastos na construção de estradas de acesso (criticadas pelo próprio Trump como “escândalo”), na organização do evento e na segurança que claramente falhou.

Além disso, o governo construiu infraestrutura de luxo para um evento que não atraiu os principais líderes mundiais. Portanto, o retorno sobre esse investimento é praticamente nulo.

Prioridades Invertidas

Por outro lado, enquanto milhões são gastos em eventos internacionais de baixo impacto, estados como o Rio de Janeiro lutam sozinhos contra o narcoterrorismo sem apoio federal adequado. Da mesma forma, a saúde e educação pública continuam sucateadas.

Consequentemente, fica claro que as prioridades do governo estão completamente invertidas.

A Questão da Accountability

Além disso, precisamos discutir seriamente a questão da responsabilização. Se não há consequências para invasão de instalações federais, destruição de propriedade pública e agressão a agentes de segurança, o que isso diz sobre o Estado de Direito no Brasil?

Claramente, estamos caminhando para uma situação onde a lei se aplica seletivamente baseada em critérios políticos e ideológicos. Portanto, isso não é justiça — é arbitrariedade.

O Precedente Perigoso

Além disso, ao não punir os invasores da COP30, o governo estabelece um precedente extremamente perigoso. Essencialmente, a mensagem é: você pode invadir instalações federais, desde que esteja do lado “certo” do espectro político.

Consequentemente, isso incentiva mais violência e desrespeito às instituições no futuro.

Onde Estão os Defensores da Democracia?

Por outro lado, é notável o silêncio daqueles que se dizem “defensores da democracia”. As mesmas vozes que clamaram por punição severa após 8 de Janeiro estão curiosamente quietas sobre a invasão da COP30.

Da mesma forma, o STF, que foi tão zeloso na perseguição aos manifestantes de 2023, parece completamente desinteressado neste caso. Portanto, fica claro que a defesa das instituições democráticas é seletiva e conveniente.

A Credibilidade em Ruínas

Consequentemente, essa hipocrisia destrói qualquer credibilidade que essas figuras públicas possam ter. Afinal, se você só defende a lei quando ela pune seus adversários políticos, você não é um democrata — você é um partidário disfarçado.

Conclusão: Uma Nação de Duas Justiças

Em resumo, o contraste entre o tratamento dado aos invasores da COP30 e aos manifestantes de 8 de Janeiro expõe uma verdade desconfortável: o Brasil opera sob um sistema de duas justiças.

Por um lado, temos uma justiça draconiana e implacável para aqueles considerados adversários políticos do establishment. Por outro lado, temos benevolência e impunidade para aqueles alinhados ideologicamente com o poder.

Além disso, o fiasco da COP30 — com seu custo exorbitante, baixa presença internacional, falhas de segurança e agora invasão impune — simboliza perfeitamente as prioridades distorcidas do governo atual.

Finalmente, enquanto o governo gastar milhões em eventos de fachada internacional e aplicar a lei seletivamente baseado em critérios ideológicos, o Brasil continuará sendo uma democracia apenas no nome.

Portanto, a questão que fica é: até quando o povo brasileiro vai aceitar esse sistema de dois pesos e duas medidas? Até quando vamos tolerar que a justiça seja uma ferramenta política ao invés de um pilar da democracia?

Qual sua opinião sobre essa diferença de tratamento? Os invasores da COP30 deveriam ser tratados da mesma forma que os de 8 de Janeiro? Compartilhe nos comentários!

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