Trump revive a Doutrina Monroe: nova estratégia dos EUA para a América Latina
O governo Donald Trump anunciou uma nova estratégia nacional que, segundo especialistas, retoma os princípios da Doutrina Monroe, formulada em 1823. A mensagem central permanece: os Estados Unidos não aceitariam interferências externas na América Latina e buscariam reafirmar sua hegemonia na região. Nesse contexto, a iniciativa reacende debates sobre soberania, dependência e geopolítica hemisférica.
O que significa a Doutrina Monroe
A Doutrina Monroe surgiu no século XIX como resposta à presença europeia nas Américas. Seu lema “América para os americanos” consolidou a ideia de que o continente deveria permanecer sob influência dos EUA. Agora, ao retomar esse discurso, Trump sinaliza que pretende limitar a presença de potências como China e Rússia na região, reforçando alianças estratégicas e pressionando governos considerados hostis.
Impactos imediatos
De acordo com analistas citados pela Veja, a nova estratégia pode gerar tensões diplomáticas com países latino-americanos que mantêm relações comerciais intensas com Pequim e Moscou. Além disso, governos progressistas da região interpretam a medida como uma tentativa de intervenção indireta nos assuntos internos. Por outro lado, aliados próximos de Washington enxergam a iniciativa como uma oportunidade de ampliar investimentos e cooperação militar.
Brasil e o desafio da autonomia
Para o Brasil, a retomada da Doutrina Monroe representa um dilema. Por um lado, o país depende de relações comerciais com a China, seu maior parceiro econômico. Por outro lado, precisa manter diálogo com os EUA para preservar acordos de defesa e cooperação tecnológica. Assim, a nova estratégia americana pressiona o governo brasileiro a equilibrar interesses divergentes em um cenário de crescente polarização internacional.
O que está em jogo
- Geopolítica regional: A América Latina volta a ser palco de disputa entre grandes potências.
- Economia: Países precisam avaliar riscos de alinhar-se exclusivamente a Washington ou Pequim.
- Soberania: A retomada da Doutrina Monroe reacende críticas sobre imperialismo norte-americano.
- Segurança: A cooperação militar pode aumentar, mas também gerar dependência estratégica.
Conclusão crítica
A nova estratégia de Trump, ao reviver a Doutrina Monroe, recoloca a América Latina no centro da disputa global. Embora o discurso reforce a ideia de multilateralismo sob liderança dos EUA, ele também expõe fragilidades regionais e limitações de soberania. Portanto, o desafio para os países latino-americanos será construir políticas externas autônomas, capazes de dialogar com diferentes potências sem se tornar reféns de uma única esfera de influência.
CTA: Quer entender como a geopolítica dos EUA impacta a América Latina? Explore outros artigos de Pedro Freitas e aprofunde sua análise crítica.
Fonte: Veja
Lulinha e o “Careca do INSS”: depoimento aponta mesada de R$ 300 mil e pagamento milionário

