Contradição de Lula Entre o Rio de Janeiro e a COP30
Você consegue perceber quando o discurso de um governante não bate com suas ações? Pois é exatamente isso que estamos presenciando no governo federal. Por um lado, temos o Rio de Janeiro mergulhado em uma crise de segurança sem precedentes, com o narcoterrorismo dominando territórios inteiros. Por outro, vemos recursos militares sendo mobilizados para garantir a segurança de um evento internacional.
Além disso, essa contradição fica ainda mais evidente quando analisamos as declarações e atitudes do presidente Lula nos últimos dias. Vamos entender essa história que está dividindo opiniões e expondo uma hipocrisia política difícil de ignorar.
O Caos no Rio de Janeiro e a Recusa Federal
No final de outubro de 2025, o Rio de Janeiro viveu um dos episódios mais violentos de sua história recente. A megaoperação contra o Comando Vermelho nos Complexos do Alemão e da Penha resultou em mais de 121 mortos, tornando-se a operação policial mais letal já registrada no estado.
Diante desse cenário apocalíptico, o governador Cláudio Castro (PL) buscou apoio do governo federal. No entanto, segundo suas próprias palavras, foram três pedidos negados para uso de blindados militares e equipamentos das Forças Armadas. A justificativa? Para emprestar equipamentos militares, seria necessário decretar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O Que É GLO e Por Que Ela Importa?
Para quem não está familiarizado com o termo, a GLO é um mecanismo constitucional que permite ao presidente autorizar o emprego das Forças Armadas em atividades de segurança pública. Em outras palavras, os militares ganham poder de polícia temporariamente para atuar em situações graves.
Acontece que o presidente Lula já havia declarado publicamente que não decretaria GLO em seu governo. Esse posicionamento ideológico, portanto, acabou se tornando uma barreira para que o Rio de Janeiro recebesse o apoio necessário no combate ao crime organizado.
“Cada dia nós temos uma razão, pra não ser mal educado, de não emprestar e de não estar colaborando” – Governador Cláudio Castro sobre as negativas do governo federal.
A Questão do “Narcoterrorismo” Que o Governo Nega
Enquanto isso, outro debate importante surgiu: a classificação do Comando Vermelho e do PCC como organizações narcoterroristas. O governador Castro utilizou esse termo ao descrever os ataques com drones equipados com bombas contra as forças de segurança.
Contudo, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foi categórico ao afirmar que o governo federal “não tem nenhuma intenção” de fazer essa classificação. A argumentação oficial é que terrorismo exige motivação ideológica, algo que as facções criminosas não teriam.
Por Que Essa Classificação Importa?
Classificar essas organizações como narcoterroristas teria consequências práticas significativas:
- Penas mais severas para os membros dessas facções
- Maior cooperação internacional no combate ao crime organizado
- Acesso a recursos e tecnologias específicas de contraterrorismo
- Possibilidade de intervenção mais robusta das forças federais
Entretanto, o governo Lula resiste a essa mudança, alegando preocupações com o risco-país e possíveis violações de soberania por potências estrangeiras.
Pense nisso: Se criminosos usam drones com bombas, controlam territórios inteiros e aterrorizam populações, por que não seriam considerados terroristas?
A Virada Surpreendente: GLO para a COP30
Agora vem a parte que realmente expõe a contradição. Poucos dias após negar apoio militar ao Rio de Janeiro, o presidente Lula assinou um decreto autorizando a GLO em Belém para garantir a segurança da COP30, a conferência climática da ONU que ocorre em novembro de 2025.
Consequentemente, mais de 8 mil soldados foram mobilizados para proteger delegações estrangeiras e infraestruturas críticas entre os dias 2 e 23 de novembro. A medida inclui os municípios de Belém, Altamira e Tucuruí, todos no Pará.
Prioridades Questionáveis
Essa decisão levanta questões incômodas sobre as prioridades do governo federal:
- Por que a segurança de diplomatas estrangeiros merece GLO, mas a população do Rio de Janeiro não?
- A imagem internacional do governo vale mais do que a vida dos brasileiros?
- O discurso contra a GLO era apenas para negar apoio a governadores da oposição?
Ademais, a situação fica ainda mais controversa quando consideramos o contexto completo.
O Luxo Enquanto o Povo Sofre
Como se a contradição sobre a GLO não bastasse, surge outro elemento polêmico: a hospedagem presidencial durante a COP30. Lula está alojado no iate de luxo Iana 3, uma embarcação que consome entre 120 e 150 litros de diesel por hora quando em navegação.
O Simbolismo do Iate
Vamos ser honestos: há algo profundamente simbólico em um presidente que nega segurança a uma população aterrorizada pelo narcoterrorismo, mas se hospeda confortavelmente em um iate de luxo enquanto decreta GLO para proteger visitantes estrangeiros.
Aliás, o iate Iana 3 pertence a um empresário com histórico de contratos milionários com o governo do Amazonas e já foi alvo de investigações sobre uso irregular em campanhas políticas. O custo estimado do aluguel gira em torno de R$ 450 mil, segundo fontes próximas ao governo.
Lula havia declarado anteriormente que a COP30 “não seria a COP do luxo”. Ironicamente, ele recusou um navio da Marinha por considerá-lo “inadequado” e optou por uma embarcação privada de luxo.
A Percepção Popular Versus o Discurso Oficial
Enquanto o governo federal critica a operação no Rio como uma “matança”, os dados mostram uma realidade diferente. Uma pesquisa da AtlasIntel revelou que 55% dos brasileiros apoiaram a ação policial. Mais impressionante ainda: nas favelas do Rio de Janeiro, esse número sobe para 87%.
Dessa forma, fica claro que existe um abismo entre o discurso do Planalto e o sentimento da população que realmente vive sob a opressão do crime organizado.
O Que as Vítimas Reais Dizem
Enquanto o presidente se disse “estarrecido” com os criminosos mortos em confronto, não houve uma palavra sequer sobre Bárbara Elisa, jovem professora morta pelo narcoterrorismo no Rio. Nem uma nota de pesar. Nem um gesto de solidariedade.
Por outro lado, os policiais mortos na operação dependeram de uma “vaquinha” popular organizada pelo senador Flávio Bolsonaro, que arrecadou mais de R$ 1,1 milhão para amparar suas famílias. O Estado, que deveria proteger seus agentes, deixou essa responsabilidade nas mãos da sociedade civil.
As Implicações Políticas e Sociais
Essa contradição não é apenas uma questão de logística ou de decisões administrativas. Estamos falando de escolhas políticas deliberadas que revelam muito sobre as verdadeiras prioridades deste governo.
O Que Está em Jogo
- A credibilidade do discurso oficial sobre segurança pública
- A confiança da população nas instituições federais
- O fortalecimento das facções criminosas que se sentem blindadas
- A polarização política crescente no país
Além do mais, essa situação deve impactar diretamente as eleições de 2026, já que a segurança pública se tornou uma das principais preocupações dos brasileiros.
Reflita: Um governo que prioriza a imagem internacional sobre a segurança de seu próprio povo merece ser mantido no poder?
O Futuro da Segurança Pública no Brasil
Enquanto o governo federal se recusa a classificar o crime organizado como narcoterrorismo e nega apoio militar aos estados, o Congresso Nacional avança com projetos de lei que podem mudar esse cenário. O PL 1283/2025, de autoria do deputado Danilo Forte, propõe ampliar a Lei Antiterrorismo para incluir facções que dominam territórios.
Portanto, é possível que essa mudança aconteça independentemente da vontade do Executivo, o que representaria uma derrota política significativa para o governo Lula.
A CPI do Crime Organizado
O Senado Federal criou a CPI do Crime Organizado com 11 titulares, incluindo Flávio Bolsonaro e Sergio Moro. A comissão investigará a estrutura das facções, possíveis falhas operacionais e até mesmo conivência de agentes públicos.
Sem dúvida, essa CPI promete trazer à tona informações que podem ser extremamente embaraçosas para o governo federal.
Conclusão: Uma Hipocrisia Insustentável
Ao final das contas, o que vemos é uma contradição política que não se sustenta sob qualquer análise racional. Não há como justificar a recusa de GLO para combater o narcoterrorismo no Rio de Janeiro enquanto se decreta GLO para proteger um evento internacional.
Em síntese, essa situação expõe as verdadeiras prioridades do governo: a imagem internacional, o conforto pessoal e a proteção de aliados políticos valem mais do que a segurança e o bem-estar da população brasileira.
A população do Rio de Janeiro, especialmente os moradores das comunidades dominadas pelo crime organizado, continuam reféns de uma violência que o Estado se recusa a enfrentar adequadamente. Enquanto isso, o presidente navega confortavelmente em seu iate de luxo, distante dos problemas reais que afligem o povo brasileiro.
E você, o que pensa sobre isso? Essa contradição é aceitável? Chegou a hora de cobrarmos coerência de nossos governantes e exigirmos que a segurança do povo brasileiro seja tratada como prioridade número um.
Referências e Fontes
1. ND Mais – Por que governo Lula se recusa a classificar CV como narcoterrorismo no Rio
2. CartaCapital – Por que o governo Lula resiste a decretar GLO em meio à violência no Rio de Janeiro
3. O Tempo – Cláudio Castro diz que governo Lula negou envio de blindados ao RJ
4. Gazeta do Povo – Governador do Rio: governo Lula negou Forças Armadas em ação contra o tráfico
5. Metrópoles – Por que o governo Lula é contra equiparar narcotráfico a terrorismo
6. Gov.br – Presidente Lula decreta GLO em Belém (PA) durante a COP30
7. Poder360 – Lula tem iate reserva à disposição que foi usado em passeio
8. Jornal Opção – Barco de luxo usado por Lula na COP30 é de empresário com histórico de contratos públicos
9. BMC News – Em meio à COP30, iate de Lula consome mais de 3,5 mil litros de diesel por dia
10. Terra Brasil Notícias – Pressão sobre Lula cresce após oposição acionar TCU e PGR por uso de barco de luxo na COP30
Ceará: Vilas Fantasmas e o Narcoterrorismo Que o Brasil Insiste em Ignorar…


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