Comando Vermelho: A Facção Criminosa Que o Estado Brasileiro Ajudou a Criar
O Berço do Crime: Quando o Estado Misturou Presos Comuns com Guerrilheiros
Primeiramente, é fundamental entender o contexto absurdo que permitiu o nascimento dessa organização. Durante a ditadura militar, em uma das decisões mais incompetentes da história penitenciária brasileira, o governo decidiu misturar presos comuns com guerrilheiros políticos no presídio Cândido Mendes.
Consequentemente, criminosos sem qualquer ideologia ou organização passaram a conviver diariamente com militantes treinados em táticas revolucionárias. Nesse sentido, guerrilheiros que haviam lutado contra o regime militar, com conhecimento de estratégia, hierarquia e disciplina, acabaram “educando” involuntariamente os detentos comuns.
A Falange Vermelha: Um Nome Que Denunciava a Incompetência
Originalmente, o grupo adotou o nome “Falange Vermelha”. Por outro lado, essa denominação não era coincidência. De fato, refletia diretamente a influência ideológica dos presos políticos sobre os criminosos comuns. Portanto, o próprio nome já denunciava a estupidez da política de encarceramento adotada.
Além disso, vale questionar: quem em sã consciência imaginaria que essa mistura poderia dar certo? Evidentemente, ninguém pensou nas consequências. Ou pior: simplesmente não se importaram.
As Condições Desumanas Que Criaram um Monstro
O Inferno de Cândido Mendes
Para entender como surgiu o Comando Vermelho, é impossível ignorar as condições degradantes do sistema prisional. Primeiramente, o presídio de Cândido Mendes era uma verdadeira bomba-relógio social. Nesse contexto, superlotação, violência extrema, tortura sistemática e absoluta ausência de perspectiva criavam o ambiente perfeito para radicalização.
Consequentemente, quando pessoas são tratadas como animais, elas tendem a se organizar para sobreviver. Portanto, a criação de uma estrutura hierárquica entre os presos não foi escolha, mas necessidade diante do abandono estatal.
O Massacre de 1981: O Dia em Que Tudo Mudou
Além disso, em 1981, dois anos após a fundação do grupo, ocorreu um massacre no presídio que consolidaria definitivamente a organização. Nesse sentido, dezenas de presos foram brutalmente assassinados em conflitos internos. Por outro lado, o Estado simplesmente assistiu passivamente.
Portanto, diante da inércia governamental, o Comando Vermelho (como passou a ser chamado) assumiu o controle interno das prisões. Ou seja, o Estado entregou de bandeja o poder para os criminosos. Consequentemente, essa omissão permitiu que a facção estabelecesse seu domínio territorial.
A Expansão: Quando o Fracasso Virou Epidemia
Do Presídio Para as Favelas
Primeiramente, é importante entender que o Comando Vermelho não se expandiu apesar do Estado, mas por causa dele. Nesse contexto, quando criminosos ligados à facção eram libertados, retornavam para comunidades completamente abandonadas pelo poder público.
Consequentemente, em favelas sem saneamento, educação, saúde ou oportunidades, a organização criminosa oferecia o que o Estado negava: proteção, renda e senso de pertencimento. Portanto, não é surpresa que a facção tenha crescido exponencialmente.
A Guerra do Tráfico e a Omissão Política
Além disso, nas décadas de 1980 e 1990, o tráfico de drogas explodia no Rio de Janeiro. Por outro lado, enquanto o Comando Vermelho estruturava seu império criminal, governos sucessivos fingiam que o problema não existia. Nesse sentido, políticas públicas eram inexistentes ou completamente equivocadas.
Portanto, décadas de negligência permitiram que a facção consolidasse controle sobre territórios inteiros. Consequentemente, hoje temos áreas onde o Estado é praticamente inexistente e o crime organizado governa de fato.
O Lema Hipócrita: “Paz, Justiça e Liberdade”
Quando Bandidos Se Apropriam de Valores
Ironicamente, o lema oficial do Comando Vermelho é “Paz, Justiça e Liberdade”. Por um lado, soa absolutamente ridículo que uma organização responsável por milhares de mortes adote tal discurso. Por outro lado, essa contradição revela algo perturbador sobre nossa sociedade.
Nesse sentido, quando criminosos conseguem se apropriar de conceitos como justiça e liberdade, isso significa que o Estado falhou tão miseravelmente em provê-los que até bandidos conseguem capitalizar sobre essa ausência. Portanto, essa hipocrisia é, na verdade, um espelho do fracasso estatal.
A Influência Ideológica Persistente
Além disso, é importante notar como a influência dos guerrilheiros permaneceu na estrutura da organização. Por exemplo, conceitos como “hierarquia”, “disciplina” e até mesmo o discurso de “opressão” foram incorporados à cultura da facção.
Consequentemente, o que nasceu como simples associação criminal evoluiu para uma quase-ideologia. Portanto, a incompetência de misturar presos políticos com comuns gerou consequências que persistem até hoje.
O Sistema Prisional: Uma Fábrica de Criminosos
Números Que Envergonham o Brasil
Atualmente, o Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo. Além disso, nossas prisões operam com taxa de ocupação que ultrapassa 170% da capacidade. Consequentemente, as condições atuais são tão ruins quanto – ou piores – que as de 1979.
Portanto, não aprendemos absolutamente nada com a história. Nesse sentido, continuamos criando as condições perfeitas para que facções se multipliquem e recrutem novos membros. Ou seja, o ciclo vicioso persiste por pura incompetência e omissão política.
Reincidência: O Atestado de Fracasso
Ademais, a taxa de reincidência criminal no Brasil ultrapassa 70%. Em outras palavras, de cada dez pessoas que entram no sistema prisional, sete voltam a cometer crimes. Consequentemente, nossas prisões não ressocializam – elas radicalizam e conectam criminosos.
Portanto, cada detento que entra desorganizado pode sair como membro de uma facção estruturada. Ou seja, o Estado brasileiro literalmente treina e organiza criminosos às custas do contribuinte.
A Expansão Nacional e Internacional: Exportando o Fracasso
Do Rio Para o Brasil
Primeiramente, o Comando Vermelho não ficou restrito ao Rio de Janeiro. Na verdade, a facção expandiu para praticamente todos os estados brasileiros. Nesse sentido, hoje atua desde o Acre até o Rio Grande do Sul, sempre aproveitando as mesmas falhas estruturais.
Consequentemente, onde quer que exista abandono estatal, desigualdade extrema e sistema prisional falido, o CV encontra terreno fértil. Portanto, sua expansão é literalmente um mapa da incompetência administrativa brasileira.
Operações Internacionais: Quando o Problema Vira Vergonha Global
Além disso, a facção já opera em países vizinhos como Paraguai, Bolívia e até na Europa. Por exemplo, investigações revelaram células do Comando Vermelho atuando no tráfico internacional de drogas e armas. Consequentemente, o que era problema interno virou vergonha exportada.
Portanto, décadas de negligência brasileira agora afetam outros países. Ou seja, nossa incompetência não tem mais fronteiras.
As Alianças Políticas Suspeitas
Quando Crime e Política Se Misturam
Por outro lado, não podemos ignorar denúncias recorrentes sobre conexões entre políticos e facções criminosas. Nesse contexto, há inúmeros casos investigados de candidatos que recebem apoio de organizações como o Comando Vermelho em troca de favorecimentos.
Consequentemente, surge a pergunta incômoda: até que ponto a perpetuação desse sistema falido é conveniente para determinados grupos políticos? Portanto, será que a incompetência é realmente incompetência, ou existe interesse em manter o status quo?
Eleições em Áreas Dominadas
Além disso, é notório que em algumas regiões controladas por facções, resultados eleitorais apresentam padrões suspeitos. Nesse sentido, há relatos de coação de moradores para votar em determinados candidatos. Por outro lado, autoridades frequentemente ignoram essas denúncias.
Portanto, temos situações onde o crime organizado não apenas controla território, mas também influencia eleições. Consequentemente, a democracia local fica completamente comprometida enquanto autoridades fingem não ver.
O Custo Humano: Vidas Destruídas pela Omissão
As Vítimas Esquecidas
Primeiramente, é fundamental lembrar que por trás das estatísticas existem vidas reais destruídas. Nesse contexto, famílias inteiras perderam entes queridos para a violência gerada pelo crime organizado. Além disso, comunidades inteiras vivem sob terror constante.
Consequentemente, milhares de crianças crescem em ambientes dominados pela criminalidade, sem perspectiva ou esperança. Portanto, cada vida perdida é testemunho do fracasso coletivo de gerações de políticos irresponsáveis.
Jovens Recrutados: O Futuro Roubado
Ademais, a facção recruta sistematicamente adolescentes em comunidades carentes. Nesse sentido, oferece o que o Estado deveria garantir: renda, proteção e senso de pertencimento. Por outro lado, essas crianças rapidamente são descartadas – mortas ou presas ainda na juventude.
Portanto, temos gerações inteiras sendo literalmente dizimadas enquanto políticos discursam sobre “mão dura” sem atacar as causas estruturais. Consequentemente, o ciclo se perpetua indefinidamente.
Soluções Ignoradas: Quando a Incompetência Vira Escolha
O Que Funciona e Por Que Não É Feito
Primeiramente, não faltam exemplos internacionais de países que enfrentaram problemas similares e obtiveram sucesso. Por exemplo, Colômbia e El Salvador implementaram políticas que, apesar de controversas, reduziram drasticamente o poder de facções.
Por outro lado, o Brasil ignora sistematicamente essas experiências. Nesse sentido, continuamos repetindo as mesmas políticas falidas década após década. Consequentemente, é impossível não questionar: será que existe vontade política real de resolver o problema?
Investimento em Prevenção: A Solução Óbvia Que Ninguém Quer
Além disso, estudos demonstram inequivocamente que investir em educação, saúde e oportunidades em comunidades vulneráveis é infinitamente mais eficaz que repressão policial isolada. No entanto, essas políticas preventivas exigem investimento de longo prazo e não geram manchetes imediatas.
Portanto, políticos preferem discursos demagógicos sobre “combate ao crime” enquanto cortam orçamentos de educação e saúde. Consequentemente, perpetuam exatamente as condições que alimentam o crime organizado.
Reforma Prisional: A Urgência Ignorada
O Modelo Atual Que Só Piora Tudo
Atualmente, o sistema prisional brasileiro é universalmente reconhecido como falido. Nesse contexto, superlotação, tortura, falta de assistência jurídica e ausência de programas de ressocialização são a norma, não a exceção.
Consequentemente, prisões continuam sendo universidades do crime, onde jovens que cometeram delitos menores saem como criminosos profissionais vinculados a facções. Portanto, cada real investido no sistema atual é dinheiro jogado fora – ou pior, investido na formação de bandidos.
Alternativas Penais: O Tabu Necessário
Além disso, precisamos discutir seriamente alternativas ao encarceramento massivo. Por exemplo, penas alternativas, monitoramento eletrônico e programas de reintegração social demonstram resultados muito superiores para crimes não violentos.
No entanto, qualquer discussão nesse sentido é imediatamente rotulada como “defesa de bandido”. Consequentemente, o debate racional é substituído por demagogia, e nada muda. Portanto, prisioneiros de narrativas simplistas, permitimos que o problema se agrave indefinidamente.
A Responsabilidade da Sociedade
Quando Todos Somos Cúmplices
Por outro lado, seria desonesto jogar toda a culpa apenas nos políticos. Na verdade, parte significativa da sociedade brasileira também compartilha responsabilidade por esse fracasso. Nesse sentido, quantas vezes elegemos candidatos com discursos vazios sobre segurança, ignorando propostas sérias e estruturais?
Além disso, nossa indiferença com a população carcerária e moradores de comunidades carentes contribui para perpetuar o problema. Consequentemente, enquanto a violência não bate à nossa porta, preferimos ignorar que milhões vivem sob domínio do crime organizado.
O Conforto da Ilusão
Ademais, existe certo conforto em acreditar que o problema se resolve com “mais polícia” ou “cadeia para todos”. Portanto, abraçamos soluções simplistas que nos eximem de pensar nas causas estruturais e em nossa própria cumplicidade através da omissão e da indiferença.
Consequentemente, gerações sucessivas repetem os mesmos erros, esperando resultados diferentes. Ou seja, coletivamente, demonstramos a mesma incompetência que criticamos em nossos governantes.
Conclusão: Uma Tragédia Anunciada Que Persiste
Em síntese, o Comando Vermelho não é apenas uma organização criminosa – é o atestado de falência do Estado brasileiro. Primeiramente, nasceu de uma decisão política estúpida durante a ditadura. Posteriormente, cresceu alimentado por décadas de abandono, negligência e políticas equivocadas.
Consequentemente, hoje enfrentamos um monstro que nós mesmos criamos e continuamos alimentando. Por outro lado, temos todas as ferramentas e conhecimento necessários para resolver o problema. Portanto, a persistência dessa tragédia não é mais incompetência – é escolha.
Ademais, enquanto continuarmos elegendo políticos demagógicos, ignorando comunidades vulneráveis e mantendo um sistema prisional medieval, o Comando Vermelho e outras facções continuarão prosperando. Ou seja, podemos culpar os criminosos, mas os verdadeiros responsáveis somos todos nós.
E você, vai continuar acreditando em soluções mágicas e discursos vazios? Ou está disposto a exigir mudanças estruturais reais, mesmo que sejam impopulares ou levem tempo? Porque uma coisa é certa: do jeito que está, só tende a piorar.
Quer entender mais sobre as falências do sistema de segurança pública brasileiro? Continue acompanhando análises que não têm medo de apontar os verdadeiros responsáveis. Afinal, só a verdade, por mais incômoda que seja, pode gerar mudança real!
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